O contato com o segundo idioma desde os primeiros anos da Infância: vale a pena?

Comecei a estudar inglês muito cedo. Tinha apenas cinco anos quando fui a primeira vez para as aulas de inglês. Na minha época o mais comum era frequentarmos escolas de idiomas e, minha mãe sempre havia desejado isso para os filhos: que todos aprendessem um segundo idioma.

Eu era tão pequena que nem sabia o que estava fazendo na sala de aula! Mas, minha mãe estava certa! Estar em contato com um segundo idioma desde cedo me proporcionou a aquisição da língua de uma forma muito natural e simples.

Como meus estudos iniciaram aos cinco anos e o meu processo de alfabetização se deu início dos seis para os sete anos, o português e o inglês “apareceram juntos na minha vida”. As pessoas então se perguntam: mas, não confunde? Será que a criança não demora mais a falar ou então para ler e escrever?

“Nos primeiros anos de vida, o cérebro humano ainda está em desenvolvimento. Para que todas as estruturas sejam trabalhadas, são feitas muitas conexões neurais. Ao mesmo tempo, isso aumenta a capacidade de absorção de conceitos e de entendimento sobre o que existe ao redor.
Quando se fala em linguagem, isso é exatamente o que ocorre com a língua nativa. As crianças são apresentadas a um idioma e passam a adquiri-lo. Então, estudar desde cedo é uma forma de aumentar a eficiência do aprendizado e a proficiência.
De acordo com um levantamento da Islamic Azad University, as pesquisas apontam que até os 10 anos é a melhor fase para introduzir um novo idioma. O potencial de aprendizado é maior e, como resultado, a fluência é obtida com mais facilidade.”

Fonte: https://bilingue.pearson.com.br/2019/07/08/qual-e-a-importancia-de-aprender-outro-idioma-desde-cedo/

Isso nunca aconteceu comigo. O que aconteceu sim, foi uma grande paixão pelas línguas. Sempre afirmava para todos que estudaria para ser “Professora de Inglês” e aqui estou. Comecei a lecionar aos dezessete anos, estudei e me graduei na área. É claro que esse não será necessariamente o caminho a ser seguido por todos que estiverem em uma escola bilíngue, ou forem expostos a um segundo idioma desde os primeiros anos da infância.
Na verdade, a exposição ou imersão torna os processos mais simples. Não haverá barreiras, bloqueios ou obstáculos. O que a criança precisa é de estímulos e interesses que a façam conectar-se com o que aprende. Dessa forma, o segundo idioma fará parte da vida da criança de forma genuína e espontânea, mesmo que tenha talento para a Matemática, por exemplo. Ela sabe e pronto!

Assim, foi comigo. Com meus irmãos. E assim já aconteceu com muitos dos alunos que já tive a oportunidade de acompanhar. Portanto, vale sim e muito investir na aquisição de um segundo idioma nos primeiros anos da vida escolar. Ah, e quanto mais cedo, melhor!

Texto escrito por: Denize E. K. Andreoli – Coordenadora Pedagógica da Educação Infantil da Green Book School

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